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Milagre eleitoreiro. O novo papel das igrejas.

Opinião: Rafael Scaquete do Nascimento

Foto: Divulgação

Na Grande Vitória, há um prefeito que logrou êxito nas urnas, após dizer-se fruto de um suposto milagre divino ocorrido no início da campanha, fato que alçou seu marketing político e pessoal. Daí, em todos eventos públicos após esse suposto prodígio celestial, o discurso choroso, de que Deus salvou de maneira sobrenatural sua vida, e por isso sua vitória.

Mística, Superstição, Charlatanismo, fé?

Dias atrás, uma criança me falou que o pastor de sua igreja chamou esse homem público ao púlpito, levantou o seu braço, e disse que eis ali naquele local um novo Lázaro, pois Deus o ressuscitou, que todos naquela assembleia estavam diante de um fenômeno da graça de Deus, e que sua reeleição foi mais uma das recompensas pela sua fé.

Diante de tantos sofismas, usando-se o nome de Cristo, surgem novos políticos, ao invés de profetas como outrora. Daí, vemos pastores vereadores, prefeitos, deputados, senadores e candidato a presidente da república e padres que largam a batina para assumirem suas funções políticas, conquistado nas urnas.

Segundo a Bíblia, Jesus foi morto pelas autoridades políticas da época, pois não se curvou ao poder, ganância e corruptibilidade. No deserto, Cristo foi tentado:” Dar-te-ei tudo isto se, prostrando-te diante de mim, me adorares. 10Respondeu-lhe Jesus: Para trás, Satanás, pois está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás. Evangelho segundo Mateus 4, 9-10 Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro. Evangelho segundo Lucas 16,13

Do ponto de vista cristão, a quem realmente é devida a honra da vitória eleitoral desse prefeito que se acha Deífico sobrenatural? Cansamos de ouvi-lo nos comícios, que a casa estava arrumada, que o poder tinha que permanecer em suas mãos para dar continuidade ao seu trabalho. Porém, a “casa” que todos os anos sempre teve arranjada com enfeites de natal, nem isso esse ano tem, fora os incentivos ocorridos pela cidade durante a campanha eleitoral como poda, capina, carro fumacê, limpeza de piscina de centro sociais, troca de iluminação, tapa buracos, dentre outras benesses que se esvaíram após as eleições.

O Senhor odeia os lábios mentirosos, mas se deleita com os que falam a verdade. Provérbios 12:22. Quem pratica a fraude não habitará no meu santuário; o mentiroso não permanecerá na minha presença.  Salmos 101:7 – Os lábios arrogantes não ficam bem ao insensato; muito menos os lábios mentirosos ao governante! Provérbios 17:7.

O único e verdadeiro milagre é aquele que provém da plena verdade. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” João 8:32