Indignado com fala do governador. O cidadão Nanall expressa diante da situação.
“…a população deve economizar água para evitar o racionamento…”
Excelentíssimo senhor Paulo Hartung.
Senhor GOVERNADOR PAULO HARTUNG, quem contribui para escassez dos recursos naturais e hídricos no estado do Espírito Santo? É o cargo político que, o senhor indica e nomea, para dirigir a CESAN em quatro anos. Cargo político e politicos não entendem nada de recursos naturais e seus ecossistemas, quem entende disto excelentíssimo senhor governador são técnicos que estudam décadas e anos para esta finalidade.
Sou totalmente contrário a colocação de vossa senhoria dê que “… a população deve economizar água para evitar o racionamento..”,a população paga por tudo que consome senhor, e sem precedentes. A população está utilizando o que ela paga para usar, todos os cidadãos têm medidores em seus domicílios. Equipamento instalado pela companhia que o Senhor administra que trabalha com foco em demandas e não em resultados que infelizmente, não estão previstos nas políticas do erário.
E todos os meses o capixaba recebe a sua fatura, constando seu consumo de água potável e taxa de tratamento de água e de esgoto (onde milhões não possuem tratamento de esgoto). A população senhor governador, já faz a parte dela, a falta de critério que o senhor utiliza para favorecer grupos políticos que lhe apoiaram nas eleições é que não contribuem para o bem e o censo comum da sociedade.
Exemplo são os critérios utilizados para nomear cargos de gestão das empresas de saneamento básico, não são técnicos, especificamente são políticos e cargo de confiança.
Outra situação senhor governador, é que o desperdício vem da má gestão de processos da companhia CESAN e das SAEE’s, basta o senhor tirar um dia para caminhar em alguns bairros da grande Vitória-ES e verás o desperdício em tubulações nas ruas e avenidas, que levam horas e até meses para serem consertados. Um exemplo disso, senhor governador é na Praia de Camburi, onde chuveiros ficam abertos demasiadamente, alguns horas e dias e o contribuinte precisa denunciar as mídias, para que a prefeitura de Vitória –ES tome as devidas providências.
Em uma rede de saneamento construída para distribuição no início da década de 1970, por exemplo, digo da grande Vitória-ES, sem qualquer estrutura física e tecnológica de forma a mapear as percas nas regiões e sistemas. E que, sempre exigiu que a população ligue para SAAE’s e CESAN para alertar de canos estourados ou vazamento. A própria empresa é que deveria fiscalizar certo governador.
Uma outra questão é que, não há efetivamente em prática um plano de investimentos em afluentes e nos rios capixabas, para recuperação dos mesmos, nem um plano para o aproveitamento e cuidado com as nascentes. Ou seja, o único plano que há, é na distribuição e na captação dos recursos hídricos. E a espera de um milagre por parte do Ser Supremo Deus, para que chova e não haja crise hídrica. Isso é lamentavelmente devido, a incapacidade de processos e a falta de uma boa gestão.
As companhias CESAN e SAAE’s que são parte do problema e responsáveis por causarem a escassez dos recursos hídricos, simplesmente são geridas por cargos políticos em sua maioria. E a única intenção destas, é a satisfação do Cliente e não do Ecossistema, e pior, as ações destas não focam em uma política de manutenção das bacias hidrográficas e suas margens, ou se quer desenvolvem um plano de investimento físico nos afluentes e nas matas ciliares com o objetivo de preservar as bacias hidrográficas e seus leitos.
Infelizmente, a política capixaba e a ideologia do poder público só VISAM REPRIMIR O CONSUMIDOR E PENALIZAR O CIDADÃO que diante de algumas circunstâncias exploram os recursos naturais para sua sobrevivência. Porém, não conseguem enxergar a sua própria incompetência, como causadora em potencial da crise hídrica.
Vale lembrar senhor governador Paulo Hartung (PMDB) que quem promove o desperdício não é a população como muitos se tem apontado. Mas, são os mais de 70% do consumo e distribuição que a CESAN e SAAE’s promovem para empresas ligadas a agricultura, agropecuária, mineradora, beneficiamento de granito e siderúrgicas. Empresas que financiaram as campanhas nas últimas eleições.
Como exemplo, cito as torres de resfriamento de caldeiras (siderúrgicas e metalúrgicas da grande Vitória-ES) para suas altas escalas de produção. Tudo isso acontece naturalmente, sem nenhuma fiscalização e a gestão de monitoramento é incapaz de monitorar. Simplesmente, por que o estado não repõe o quadro de servidores públicos efetivo capazes de monitorar e fiscalizar essas empresas e projetos com mais rigor.
Senhor governador ha demasia e cessão de licenciamentos, viabilidade e facilidade de instalação de grandes empreendimentos sem qualquer critério dos conselhos reguladores (Meio Ambiente Estadual) e das comissões de impacto de vizinhança em todo estado. A discussão e sempre a mesma de que, o setor produtivo deve prevalecer sobre os outros setores e áreas, com o argumento de que vão gerar obras, empregos e mais recursos para os municípios
Para encerrar, senhor governador tenho um questionamento simples a fazer: Onde estão os planos previstos nos relatórios de impacto ambiental, estudo de impacto ambiental e estudo de impacto de vizinhança, que deveria ser promovidos pela CESAN com o passar dos anos, devido a exploração dos afluentes, (medidas mitigadoras e compensatórias) de recuperação dos rios e suas bacias hidrográficas ?