Conscientizar e prevenir são meios de orientar a população sobre os riscos e a importância da prevenção contra doenças. Partindo desse princípio, o vereador José Raimundo Bessa em seu primeiro mandato apresenta um projeto de lei que visa à criação da “Semana Municipal de Orientação e Prevenção”, ao papiloma vírus humano (HPV) e o câncer do colo do útero. Fica instituída a segunda semana do mês de agosto de cada ano. O projeto de lei também institui no calendário oficial de eventos do município da Serra o dia 10 de Agosto como o dia D contra o HPV e o câncer do colo do útero.
O projeto de lei 91/2013 foi sancionado pelo prefeito da Cidade de Serra no mês de julho de 2013. Segundo o vereador José Raimundo, “Estes tipos de câncer têm aumentado de forma assustadora, e as mulheres são as vítimas em potencial. É de suma importância a divulgação e orientação sobre a doença. E a criação da Semana Municipal de Orientação e Prevenção, é um meio de prevenir a população, principalmente às mulheres. Essa prevenção se dá através de palestras, cursos e reuniões com o intuito de orientá-las contra os riscos da doença e como se prevenir”. Pontuou o vereador.
Porém, a escolha do dia 10 de agosto no calendário municipal, como o dia D contra o HPV, se dá por ter sido neste mês que o cientista alemão Harald Zur Hausen descobriu que o papiloma vírus humano (HPV), pertencia a um grupo heterogêneo de vírus que causava câncer. Além desse projeto de lei, o vereador José Raimundo apresentou mais 22 projetos em um ano e sete meses de seu primeiro mandato. Desses 22, 06 foram sancionados e o restante está em tramite aguardando apreciação do legislativo e do executivo.
O HPV é a sigla usada para o Vírus Papiloma Humana, e vem do inglês Human Papiloma Virus. HPV é um vírus que infecta a pele e possui mais de 100 variações diferentes, e a maioria aparece através de verrugas, e geralmente em locais escondidos. Sua principal forma de transmissão é através de relações sexuais é a doença sexualmente transmissível mais conhecida e o problema afeta principalmente as mulheres.
A maioria dos casos apresenta sintomas como verrugas e lesões na região genital, anal e até mesmo na língua ou na faringe, e se a pessoa demora muito para descobrir, o vírus pode se tornar um câncer do colo do útero, o tipo de HPV mais conhecido e grave. O vírus pode ser diagnosticado através de exames ginecológicos e laboratoriais, como Papanicolau, colposcopia, peniscopia e anuscopia.
Em março de 2014, o Ministério da Saúde lançou a campanha de vacinação contra o (HPV), um dos principais causadores do câncer do colo do útero. Segundo dados do ministério da saúde, esse tipo de câncer tem feito a cada ano no Brasil em torno de 137 mil novas vítimas. A primeira dose da vacina foi aplicada em março de 2014, seis meses depois a segunda dose, e a terceira dose será aplicada em cinco anos.
No início do mês de setembro aconteceu em todo o país a aplicação da segunda dose. O objetivo dessa campanha de vacinação é de prevenir e reduzir o número de mulheres infectadas pelo HPV. Pois a imunização é a ferramenta principal na prevenção, e segundo o ministério da saúde vacinar as adolescentes antes de iniciarem a vida sexual é uma maneira de protegê-las dos subtipos do HPV 16 e 18.
Algumas adolescentes que receberam a dose da vacina sofreram alguns efeitos colaterais. Os efeitos colaterais mais comuns são dor de cabeça, náusea, febre branda e reação no local da aplicação. Pode ocorrer em alguns casos desmaios e, por isso, os fabricantes recomendam que as mulheres fiquem sentadas por 15 minutos após tomar a vacina. A OMS (Organização Mundial de Saúde) emitiu um comunicado reafirmando a importância e a segurança da vacina.
Após seis ocorrências de reações à vacina contra o HPV, o Ministério da Saúde enfatiza para a população que a imunização é segura. “É uma vacina que tem quase dez anos de uso no mundo inteiro. É uma vacina nova aqui no Brasil, mas há 50 países no mundo que a utilizam, quase 175 milhões de doses da vacina aplicadas”, disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
FONTES: Ministério da Saúde.