A década de 80 foi um marco na revolução mundial. Com a criação da internet, as pessoas conseguiram manter-se mais integradas, mais informadas. Com a internet, comunidades isoladas do restante do mundo puderam se integrar e com isso, as pessoas começaram a trocar informações com maior rapidez, e com isso melhorar em todos os sentidos.
A internet promoveu uma verdadeira revolução industrial e tecnológica. Aparelhos que antes eram imensos e caros, como os computadores e telefones se tornaram menores e com preços mais acessíveis.
Foram muitas as mudanças nos últimos 20 anos. Com a integração das pessoas, era de se esperar que o respeito entre elas também se modificasse e praticas antigas como o machismo fosse enfim banidas do meio social. Mas, não foi o que aconteceu e ainda hoje, em pleno século vinte e um, ainda podemos constatar o machismo, e pior ainda homens que ainda pensam como na época das cavernas, que as mulheres são apenas um objeto para seu prazer.
Talvez pelo aumento na facilidade de compartilhar as informações e noticias, hoje ficamos sabendo de mais casos de assédios ou quem sabe pelo fato da mulher não se calar mais com medo dos homens.
Utilizando a internet e os aparelhos cada vez menores e mais conectados, agora as mulheres conquistaram uma “arma” efetiva contra o assedio e contra esses porcos que se acham os conquistadores ou caçadores em busca de uma presa.
Catharina Doria, uma jovem de apenas 17 anos, cansada de esperar passivamente, criou um aplicativo e disponibilizou gratuitamente para que as mulheres possam em qualquer lugar do mundo denunciar casos de assédios sexuais. Este aplicativo com o nome “Sai pra Lá Assedio”, que pode ser encontrado na loja Play Store do Google no link: .
O aplicativo é gratuito e é uma forma, para as mulheres se defenderem de assédios ou para que as autoridades possam mapear os locais na cidade onde acontecem mais casos de assédios.
O aplicativo mantém uma página na rede social facebook, https://www.facebook.com/appsaiprala/ e nesta página voce pode interagir com os milhares de usuários em todo o Brasil.
Nas telas iniciais o usuário pode encontrar uma breve ajuda de como utilizar o aplicativo, e na tela principal a partir do local onde você se encontra poderá ver a quantidade de casos denunciados.
Na parte superior do aplicativo podemos ver as opções a serem escolhidas e em cada uma a quantidade de casos denunciados. No momento que abri o aplicativo me encontrava próximo a UPA de Serra Sede, e pude constatar que próximo a mim, constava duas denuncias, uma no bairro Divinópolis e outra no bairro Colina da Serra. Ampliando o mapa podemos constatar outros tantos casos, principalmente na região de Laranjeiras.
O aplicativo é muito fácil de ser utilizado. Os ícones a serem escolhidos são:
Uma Orelha: simboliza assédios sonoros e no momento tinha 1,74 mil casos registrados. Os Assédios sonoros são considerados, aquelas cantadas ou piadas direcionadas as mulheres.
Uma Boca: Simboliza assédios verbais e tinha na ocasião em torno de 5 mil casos registrados. Aqui tive uma pequena duvida ja que o assedio sonoro e o verbal pode ser confundido.
Uma Mão: Simboliza os assédios físicos. Seria aqueles mais ousados como passagem de mão, segurar os cabelos, etc. Neste item tinha em torno de 781 casos registrados.
Outro ícone que simboliza assédios não definidos que foram registrados e conta com aproximadamente 987 casos.
Nas marcações que aparecem no mapa também podemos identificar o tipo de assedio registrado. Para registrar um assedio basta que, o usuário click no botão verde logo abaixo com o texto “Fui Assediada!” Informa o endereço aproximado do assédio e a cidade, e continuar clicando ate finalizar.
Tentamos através de email saber mais detalhes sobre o aplicativo. Mas, até o fechamento da edição não recebemos resposta. Mas mesmo assim, acreditamos que esse aplicativo é muito interessante e dever ser divulgado e compartilhando para o maior numero de pessoas. E mesmo os homens devem ter esse aplicativo em seu celular. Quer seja para ajuda uma mulher a denunciar um ato de assedio ou para que ele possa denunciar se caso presenciar um assedio.